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Pontapé inicial nas viagens a trabalho

Para quem acompanha o blog sabe que eu mudei de carreira neste ano. Já posso dizer que deixei a área jurídica para atuar na área de comunicação em uma agência de intercâmbio, onde também atendo clientes que desejam estudar no exterior.

Faz parte do meu trabalho redigir textos para o site, blog e redes sociais.da agência. Na parte de atendimento ao cliente, montar o perfil do aluno de acordo com a cidade e a escola que mais tem a ver com os objetivos dele. Muitos já tem ideia do país e da cidade onde pretendem estudar, então apenas buscam as escolas que mais combinam ou ofereçam o curso pretendido.

Mas muitos não têm ideia de onde pretendem estudar e numa conversa que leva em conta hábitos, experiência profissional, preferências sobre cidade grande ou pequena, clima quente ou frio, por exemplo, ajudam a direcionar para o curso na cidade e escola que mais tem a ver com o estudante, que é de várias idades.

A diferença entre o tipo de cliente que atendia é que no jurídico há uma carga pesada relacionada ao caso do cliente. Seja débito, reintegração de posse, reparação de danos morais. E tudo vai se fechando, na linguagem processual, para que se estabeleça a melhor estratégia a fim de que o cliente ganhe a ação ou tenha menor prejuízo possível quando o cliente é o réu, enquanto no intercâmbio e na escrita jornalística é possível abrir o leque de opções.

Sem contar que no intercâmbio é diferente, pois a pessoa está em busca de um sonho, de melhorar profissionalmente ou viver uma experiência totalmente única em algum lugar do mundo, às vezes, tudo isso junto. E acabo "viajando" com os clientes quando falamos sobre os países e cada vez mais vou colocando alguns lugares na minha lista pessoal de cidades para conhecer. É um assunto que adoro falar pois envolve idioma, cultura, costumes, climas e povos diferentes.

Mas também viajo de verdade para participar de workshops na área que acontecem em vários lugares do mundo. Eu amo viajar e é importante gostar de (viajar) e estar disposto, pois o trabalho exige e foi uma das perguntas que me fizeram na entrevista deste emprego. Claro que o propósito da viagem é o trabalho, mas no tempo livre e fora do workshop sobra tempo, então posso curtir o lugar visitado.

A primeira viagem no novo emprego foi para Miami, destino que não esperava conhecer agora, mesmo se fosse a trabalho (na verdade esse foi o segundo workshop que participei. O primeiro foi em São Paulo para a América Latina).

Fiquei uma semana em Miami para participar do evento e um dia em Fort Lauderdale também para conhecer escolas de idiomas que têm parceria com a agência em que trabalho.

A área é muito profissional e as pessoas que tenho conhecido são, na maioria, muito interessantes, com vivência na educação e muito receptivas com quem está ingressando na área, que é o meu caso.

Essas visitas fazem toda a diferença pois sabemos exatamente onde a escola está localizada, conhecemos a sua estrutura e conversamos com os profissionais com quem falamos principalmente por e-mail e a quilômetros de distância, sem contar que no tempo livre é possível passear e conhecer um lugar diferente e transformar isso para o trabalho ao falar para o cliente sobre o destino com a experiência que se teve lá e não apenas através de fotos, o que faz toda a diferença.

Fiz um resumo do que estou fazendo no meu trabalho para contar sobre a minha experiência em Miami, que foi também a minha primeira visita aos Estados Unidos e será contada nos próximos posts do blog.

Fico nostálgica pensando no que vivi no lugar visitado, mas também já pensando no próximo destino que o intercâmbio pode me levar.

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