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Lojas de discos.

Estou assistindo a reprise do programa “Minha Loja de Discos”, que mostra lojas de LPS no Reino Unido, produzido por Elisa Kriezis e Rodrigo Pinto e passa no canal Bis, domingo às 20h. Cada programa apresenta uma loja de disco em uma cidade, com depoimentos dos fundadores, dos clientes e funcionários da mesma loja, além de músicos locais que são famosos apenas em sua cidade natal e aqueles já conhecidos pelo mundo afora.

O programa de Glasgow, na Escócia, mostrou a loja Monorail e entrevistas com Bobbie Gillespie do Primal Scream e Alex Kapranos e Paul Thompson do Franz Ferdinand. No programa de Oxford, Inglaterra, a loja da vez foi a Truck Store. Na cidade mundialmente conhecida pela universidade de mesmo nome, Gaz Coombes do Supergrass fala do papel das lojas no começo da carreira das bandas, ao divulgar os discos e promover os primeiros shows e do sucesso mundial do Radiohead, que teve alguns de seus integrantes como funcionários da Truck Store. 

A Sister Ray e a Rough Trade, ambas de Londres, têm um programa para cada uma delas. Visitei as duas quando estive lá e voltei no tempo ao revê-las no programa. Lembrei o passeio que em busca dos discos e CDs dos meus artistas favoritos. Aliás, a Rough Trade é considerada uma das melhores lojas de discos do mundo e empregou Adele, quando a cantora começava a alcançar o sucesso comercial.

Através do depoimento dos fundadores das lojas, percebo quão prazeroso é ir atrás de um disco e ser atendido por quem também aprecia música e luta para manter aquele espaço diante da crise na indústria fonográfica com a chegada do MP3. E mais, perceber que cada loja teve papel fundamental na vida de quem descobriu muitos artistas por indicação dos empregados ou nas prateleiras dessas lojas, mantidas pelo simples amor à música. 

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